24 de junho de 2013

Música do dia: This Is Not America, por Silje Nergaard

No panorama das cantoras de jazz, a norueguesa Silje Nergaard ocupa um lugar de prestígio, mas também de serena contenção. Provavelmente a sua integração das marcas de uma certa ligeireza pop confere-lhe uma insuperável ambiguidade. É difícil inseri-la numa categoria estável, já que, em boa verdade, o fascínio da sua música provém também da fuga a qualquer categoria estrita e pré-determinada. No seu currículo inclui-se, por exemplo, esta versão de This Is Not America, de David Bowie.

23 de junho de 2013

Concrete & Gold


. . . can never resist a perfect juxtaposition -- old & new, high & low, vintage & modern, rock & refined -- the last of which, applies literally to this utterly stunning bathroom, with its modern concrete walls and rustic pebble-tiled floor, perfectly set against glamorous golden fixtures and palest pink . . .

22 de junho de 2013

Entardecer



“Il est bien vrai que nous devons penser au bonheur d’autrui ; mais on ne dit pas assez que ce que nous pouvons faire de mieux pour ceux qui nous aiment, c’est encore d’être heureux."

- du livre d'Alain (Émile Chartier 1868 - 1951) Props sur le bonheur

21 de junho de 2013

Hoje, dia 21 de junho, é o dia em que começa o inverno no Hemisfério Sul. A data, que é conhecida como “Solstício de Inverno”, representa o momento em que a linha do Equador da Terra está mais longe do Sol, o que caracteriza o início da temporada fria. E, como não podia deixar de ser a Google decidiu homenagear a data com seu Doodle — que, hoje aparece (*) com a criação de um grande cachecol.



(*) imagem só visível para quem está no Hemisfério Sul.

Oh... the Summer

O verão do hemisfério norte é chamado de "verão boreal", e o do hemisfério sul é chamado de "verão austral". O "verão boreal" tem início com o solstício de verão do Hemisfério Norte, que acontece cerca de 21 de Junho, e termina com o equinócio de Outono nesse mesmo hemisfério, por volta de 23 de Setembro. O "verão austral" tem início com o solstício de verão do Hemisfério Sul, que acontece cerca de 21 de Dezembro, e finda com o equinócio de outono, por volta de 20 de Março nesse mesmo hemisfério.

Para mim o Verão começa assim:

 

19 de junho de 2013

O Direito ao Palavrão

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Pra caralho, o Sol é quente Pra caralho, o universo é antigo Pra caralho, eu gosto de cerveja Pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não" o substituem. "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma! . O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepne", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o- pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o- pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cú!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cú!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. 
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda- se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!.
Grosseiro, mas profundo... Pois se a língua é viva, inculta, bela e mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. "Nem fodendo..."
Recebido por email
Texto de: Luís Fernando Veríssimo

17 de junho de 2013

E os alunos, pá?

No braço de ferro entre Ministério da Educação (ME) e Professores, estou do lado dos... alunos. É sabido das condições pouco dignas que os professores portugueses têm que enfrentar no exercício da sua muito nobre actividade. É também sabido que aos professores não haveria muitas mais opções de reivindicar pelos seus direitos. O ME colocou habilmente o odioso da questão do lado dos professores, que por sua vez, com alguma inépcia à mistura dos Sindicatos, acabaram por não conseguir resolver esta questão da melhor forma.

Qual seria a melhor forma? Todos os professores deveriam ter feito greve, para o bem de todos, os de hoje e os de amanhã. Contudo, e porque isso seria perfeitamente impossível, e os professores, ou os Sindicatos, deveriam ter previsto o que aconteceu e portanto os exames não deveriam nunca ter sofrido este tipo de perturbações.

É perfeitamente aberrante que hajam situações de gritante desigualdade entre os alunos. Toda esta instabilidade, que era espectável (ia escrever desejável...) por parte do ME e Sindicatos, acaba por penalizar quem não tem culpa absolutamente nenhuma.

Hoje percebeu-se que o elemento menos importante na nobre equação do ensino são os alunos. É sobre isso que todos deveríamos reflectir.

EDIT: vejo agora nas notícias que no ensino privado os professores não fizeram greve. O caso é ainda mais grave do que imaginava.

16 de junho de 2013

Project Loon, by Google

Porque na Google acredita-se que o conhecimento deve estar ao alcance de todos, e não concentrado só em alguns locais, nos últimos 18 meses trabalhou arduamente no secreto X Lab e desenvolveu uma ideia de levar a internet ao maior número de pessoas possível. Se esta tecnologia tiver o impacto que se espera, muitos países não terão de desembolsar uma enormidade de verbas em fibras ópticas e mesmo assim terão acesso a uma fonte de informação indispensável nos dias de hoje. 

Os países que potencialmente irão beneficiar com esta tecnologia são os países menos desenvolvidos, com especial incidência no Hemisfério Sul.

"It's a very fundamentally democratic thing that what links everyone together is the sky and the winds," said Richard DeVaul, an MIT-trained scientist who founded Project Loon and helped develop Google Glass.

15 de junho de 2013

Reconstituição virtual de Conímbriga

Conímbriga é uma das maiores povoações romanas de que há vestígios em Portugal. Classificada por decreto em 1910 como Monumento Nacional, é a estação arqueológica romana mais bem estudada no país. Conímbriga foi à época da Invasão da Peninsula Ibérica a principal cidade do Conventus Scallabitanus, província romana da Lusitânia. Localiza-se a 16 km de Coimbra, na freguesia de Condeixa-a-Velha, a 2 km de Condeixa-a-Nova. A estação inclui o Museu Monográfico de Conimbriga, onde estão expostos muitos dos artefactos encontrados nas escavações arqueológicas, incluindo moedas e instrumentos cirúrgicos. Abaixo, uma interessante reconstituição virtual do que foi Conimbriga.

 

Mensagens populares

BuzzBoost

Pesquisar aqui

Pesquisa personalizada

Mostrar pesquisa